Terça-feira, 14 de Junho de 2005

O CROMELEQUE DE ALMENDRES VANDALIZADO

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O Cromeleque de Almendres foi de novo vandalizado. Seria bom que as autoridades (locais, regionais ou nacionais) deste país pudessem dar mais uma atenção ao nosso já depauperado património pré-histórico. Aqui vai a notícia do JN de 6 de Junho que vale a pena ler na íntegra. Tenho a certeza que o 7ºC vai ter em conta este apelo para que se defenda este monumento único:

«Domingo de manhã. Um grupo de mais de vinte pessoas divide-se pelos menires do Cromeleque dos Almendres, a poucos quilómetros de Évora, com pêndulos e varetas de prospecção. Várias fazem medições, trocam comentários murmurados, recusam com um vigoroso aceno de cabeça explicações sobre o que os move em torno do monumento megalítico, descoberto em 1966.

Visões como esta são banais para Panayiotis Sarantopoulos, arqueólogo dos quadros da Câmara de Évora e professor da Universidade local, um grego radicado há duas décadas em Portugal e apaixonado pelo património megalítico, particularmente rico no eixo Évora/Elvas. "Cada vez que venho ao cromeleque encontro os mais diversos grupos, desde druidas, de magia negra ou com os mais diversos ritos de ocultismo", conta.

Numa das alas do cromeleque, vêem-se vestígios de uma fogueira. Sinais que se repetem a poucos quilómetros, na Anta do Zambujeiro, onde foram também feitas inscrições numa das gigantescas pedras laterais de granito. A dureza da pedra é uma das raras protecções contra o vandalismo. Porque de resto, alerta Sarantopoulos, não existe qualquer tipo de vigilância ou protecção.

Tanto o cromeleque como a Anta do Zambujeiro são classificados pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). A Direcção Regional de Évora confirma ter conhecimento de "práticas menos correctas e potencialmente prejudiciais para a conservação daqueles monumentos" e relaciona-as com a facilidade dos acessos. "A actual situação é tão mais complexa quanto aqueles monumentos são dos mais visitados em toda a região", acrescenta.

Numa resposta escrita às questões levantadas, o IPPAR salienta, contudo, ter algumas dificuldades de intervenção decorrentes do facto de os monumentos se encontrarem em propriedades privadas.

Disciplinar acessos
O arqueólogo Sarantopoulos confirma o conflito inevitável entre a manutenção do património e os interesses dos proprietários dos espaços agrícolas em que se insere. No caso do menir dos Almendres, situado sensivelmente a um quilómetro do cromeleque, foi recentemente criado um canal de algumas centenas de metros, com redes impeditivas de circular pela herdade, que disciplinou o acesso. "Antes disso, o proprietário queixava-se de estar a tomar o pequeno-almoço e os visitantes lhe passarem à porta, em direcção ao menir", explica.

Razões que não explicam outros problemas, como a ausência de placas interpretativas, que o IPPAR diz estar em vias de resolução. No âmbito de um projecto de sinalização turística da Região de Turismo de Évora, está prevista a colocação de placas, "segundo modelo já aprovado pelo IPPAR".

E como as "práticas menos correctas" detectadas nos monumentos não são os únicos problemas, o IPPAR afirma estar previsto "um diagnóstico técnico envolvendo, em particular, as causas e efeitos da intensa erosão no caso dos Almendres ou da estabilidade do conjunto da mamoa e Anta Grande do Zambujeiro, tendo já sido solicitada ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil uma proposta concreta para aquele efeito".

Menir dos Almendres
É um monumento megalítico, do quinto ou quarto milénio A. C. Termo bretão, menir significa pedra erguida. Pela forma fálica, há quem os interprete como símbolos de fertilidade, mas a leitura não é consensual.

Cromeleque Conjunto de menires.
O dos Almendres é o maior estruturado da Península Ibérica. Pensa-se que poderá ser um observatório astronómico primitivo. No solestício, o nascer do sol coincide com algumas das pedras. Anta do Zambujeiro Túmulo e monumento à morte. É uma das maiores da Europa estava coberta por uma colina artificial com 50 metros de diâmetro. Com a câmara de acesso, tem a forma do útero feminino. Os mortos eram enterrados na posição fetal.»
publicado por António Luís Catarino às 12:28
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O ALLOSAURUS, por Bruno Santos

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Características
Nome: Allosaurus
Significado: Réptil estranho
Dimensões: 12 m de comprimento e 3,5 m de altura
Alimentação: Carnívoro
Viveu: Há uns 140 milhões de anos

O Allosaurus foi um dos dinossauros mais ferozes que assolaram as planícies da América do Norte, África, Austrália e China há uns 140 milhões de anos. Era um Terópode e podia alcançar os 12 m de comprimento.
Não era tão grande como o maior carnívoro, Tyrannosaurus Rex, mas era igualmente temível.
O Allosaurus tinha mandíbulas enormes repletas de dentes afiados como serras.
Além disso, tinha garras curvas e uma musculosa cauda para flagelar qualquer animal que fosse bastante ousado para o atacar.

Dentes curvos

Se um homem alto tivesse subido aos ombros de outro tempo em que vivia o Allosaurus, teria atingido altura suficiente para observar o interior das suas mandíbulas. E teria visto várias fiadas de dentes, uns 70, afiados como facas para trinchar carne. Os dentes curvavam-se para trás, o que os tornava ideais para morder a carne das suas presas e impedi-las de escapar.
Se perdia algum dente, voltava-lhe a crescer outro.

Um corredor veloz

Os cientistas crêem que o Allosaurus conseguia hoje velocidades que apenas um corredor de fundo pode manter.
Este dinossauro erguia-se sobre as patas traseiras, como uma enorme ave.
Os especialistas determinam que a distância entre duas pegadas do Allosaurus equivalia ao comprimento de um carro.

Garras

Os quatro dedos das patas traseiras terminavam em afiadas garras, como as das aves. Tinha três dedos dirigidos para a frente e um mais pequeno para trás.
Todas as garras eram fortes e afiadas o suficiente para abrir o ventre de outro dinossauro. O Allosaurus também tinha garras nos três dedos das patas dianteiras.
publicado por António Luís Catarino às 01:09
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A POLUIÇÃO DO AR, por Ana Maria Pinheiro

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O ar, tal como a água e o solo, é um recurso indispensável à vida na Terra. Através de ciclos naturais, os seus constituintes são consumidos e reciclados. A atmosfera tem assim uma certa capacidade depuradora que, em condições naturais, garante a eliminação dos materiais nela descarregados pelos seres vivos.

O desequilíbrio deste sistema natural "auto regulado" conduz à acumulação na atmosfera de substâncias nocivas à vida, fazendo nascer a necessidade de uma acção de prevenção ou de saneamento artificial que, conforme os casos, seja capaz de assegurar a manutenção da qualidade do ar.

Tem-se assim, por um lado, um sistema natural estável e auto-depurado e por outro um sistema artificial, porque contem elementos introduzidos em resultado da acção do Homem, o qual é necessário vigiar e gerir, isto é conservar.

A actividade industrial e a circulação rodoviária ocupam, indiscutivelmente, o primeiro lugar na poluição atmosférica, embora em graus diferentes conforme o tipo de indústrias. A indústria consome 37% da energia mundial e emite 50% do dióxido de carbono, 90% dos óxidos de enxofre e todos os produtos químicos que actualmente ameaçam a destruição da camada de ozono, além de produzir anualmente 2100 milhões de toneladas de resíduos sólidos e 338 milhões de toneladas de matéria residual perigosa.

As indústrias de base são normalmente as mais nocivas ao nível da libertação de fumos e gases mais ou menos tóxicos. As centrais térmicas (imagem seguinte) e as refinarias petrolíferas, as siderurgias e as fábricas de cimento lançam na atmosfera grandes quantidades de gases (especialmente óxidos de carbono e de enxofre), fumos e fumaça, que tornam a atmosfera pesada e quase irrespirável. Por sua vez, muitas indústrias químicas, as de curtumes e de fertilizantes empestam o ar com gases que exalam um cheiro nauseabundo. As indústrias exortativas, sobretudo a do carvão e a da produção de materiais para a construção civil (pedreiras), são também altamente poluidoras, além de provocarem profundas alterações na paisagem. Os veículos motorizados, por seu turno, lançam para a atmosfera, para além dos fumos, uma infinidade de gases e outras substancias químicas, como o monóxido e o dióxido de carbono, o dióxido de enxofre, o gás sulfuroso e os hidrocarbonetos gasosos, etc., qualquer deles de grande toxicidade.

Claro que a expansão urbana se reflecte no crescimento dos níveis de poluição, dado que esse crescimento intensifica o tráfego rodoviário, quer no interior das cidades quer nas suas vias de acesso. Em muitas grandes cidades, as normas de qualidade do ar são correntemente desrespeitadas, os engarrafamentos são gigantescos e os acidentes frequentes. As áreas citadinas mais atingidas pela poluição atmosférica são as zonas centrais (devido à concentração dos serviços e, por isso, à grande intensidade do transito automóvel) e as zonas industriais, em grande parte localizadas na periferia urbana.

Naturalmente que a poluição atmosférica provoca problemas mais ou menos graves de saúde na população humana. Por exemplo, a bronquite, o enfisema, a asma e o cancro pulmonar são doenças do aparelho respiratório muitas vezes provocadas pela poluição atmosférica ou por ela agravadas. Mas as plantas e os animais são também gravemente afectados pela poluição do ar. Os gases tóxicos perturbam o normal desenvolvimento da vegetação, pois atacando as folhas, estas caem, diminuindo assim a fotossíntese, a respiração e a transpiração, o que tem como consequência um crescimento mais lento das plantas. Além disso, estas tornam-se menos resistentes às intempéries, às doenças e aos parasitas. A saúde dos animais é igualmente bastante afretada não só pelo contacto directo com o ar poluído como pela ingestão de vegetais mais ou menos envenenados.
Finalmente, a poluição atmosférica aumenta o efeito de estufa e gera a acumulação persistente de substâncias tóxicas no ecossistema global.
publicado por António Luís Catarino às 01:01
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O RINOCERONTE BRANCO, por Daniel Catalão

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Nome científico:(Ceratotherium simum)

Características:

Ordem: Perissodactyla
Nome Inglês: White Rhinoceros;
Comprimento total 4.5 a 4.8m;
Tamanho do rabo 1m;
Altura do dorso 1.8m
Peso até 4 toneladas;
Herbívoro;
Habitat: savanas;
Existem em Africa;
Período de vida: 40 – 50 anos

O maior chifre frontal foi visto na Africa medindo 1.58m. Os pontos de identificação de um Rinoceronte Branco são: Grande, focinho quadrado e largo, cabeça direccionada para baixo, orelhas pontiagudas, dois chifres sobre a face. Apesar de se chamar Rinoceronte branco, na verdade não é branco, mas um pouco mais claro que o seu primo, Rinoceronte Negro.

Uma vez amplamente distribuído pela Africa nas savanas, agora está limitado a pequenas áreas isoladas, já que está em perigo de se extinguir.
A espécie do Norte está somente presente no Parque Nacional de Garamba, na área rural das savanas no nordeste do Zaire (30 animais) e um possível resto pode sobreviver em áreas adjacentes ao Sudão. Visitantes que vão ao Kenya podem observar o Rinoceronte “beiço – quadrado” no Parque Nacional de Lake Nakuru e Soli Ranch, berço de origem das populações da raça do sul. Actualmente existem aproximadamente 11.670 rinocerontes Brancos no mundo em habitat selvagem.

Onde vivem:

Mostram uma distinta preferência por áreas de savanas com relva curta, com acesso a densos arbustos cobertos por sombra, e agua para beber e se embolar. Os habitats preferidos são aqueles que misturam relva com florestas abertas.

De que se alimentam:

Eles seleccionam o pasto mostrando uma distinta preferência por espécies de relva curta.

Reprodução:

Após um período de gestação de aproximadamente 480 dias, um único filho pesando em torno de 40kg nasce. A fêmea sai para dar a luz permanecendo à parte durante alguns dias. O filho anda na frente da mãe. Os filhos podem nascer em qualquer período do ano. O filho permanece com a mãe por um período de 2 a 3 anos após o nascimento.

O seu comportamento:

Mais sociáveis que os beiço – de – gancho, com grupos típicos constituídos de territórios de machos lideres, subordinados, fêmeas e filhos. Os líderes só se movem para fora da área se não tiverem acesso directo à água, deixando cada 3 ou 4 dias sem beber. Esses movimentos são geralmente lineares com pequenos desvios e os mesmos caminhos são utilizados. Outros machos são geralmente tolerantes a entrada de outros machos se estes mostrarem comportamento de subordinação. Os territórios são bem pequenos – pesquisas feitas mostram que estes possuem menos de 3km quadrados mas o tamanho é de acordo com a qualidade e abundância de comida. As fêmeas ocupam entre 6 a 20km quadrados que podem ultrapassar os territórios de diversos machos.
publicado por António Luís Catarino às 00:39
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A MOEDA, por Filipe Vales

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Conceito de Moeda

O termo moeda surge-nos do termo latino “moneta”, relacionada com o local onde se cunhavam as moedas em Roma: o Templo Juno Moneta. Moeda é uma unidade representativa de valor, aceite como instrumento de troca numa sociedade. A moeda corrente é aquela que circula legalmente num país.
Todo o individuo que possuiu moeda, têm direito a comprar tudo aquilo que lhe convém, logo que as suas posses assim possam suportar e que o vendedor o pretenda vender.

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Origem da Moeda

No início, o sistema comercial não existia na sua propriedade fundamental, a circulação do valor. Cada homem recolhia das ofertas da Natureza o que lhe era necessário.
Contudo, sobretudo após a Revolução Neolítica, um homem que pescasse mais peixe do que lhe era necessário, poderia trocá-lo com outro que tivesse produzido muito trigo. Este tipo de comércio perdurou por muito tempo nas civilizações antigas. No entanto, haviam inconvenientes, pois o valor e a quantidade consideradas de um produto x não serem iguais em duas transacções distintas, isto é, num ano poderiam trocar 2 sacos de milho por uma dúzia de peixes, mas, no ano seguinte, os mesmos indivíduos poderiam trocar 2 sacos de milho por 10 peixes, traduzindo-se na irregularidade do valor das coisas, dependendo este da necessidades e das posses de cada homem.
No entanto, e para por fim a este inconveniente, o homem foi procurando incessantemente um produto ou medida que servisse de referência proporcional entre as mercadorias e a sua quantidade implícita. Nesse seguimento, surgiram algumas mercadorias que, pela sua utilidade e procura, passaram a ocupar essa posição. Aceites por todos, passaram a circular como moedas, servindo para trocar por outros produtos e para lhes avaliar o valor. Estamos a falar, sobretudo, das cabeças de gado, principalmente bovino, pois apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e força motriz para prestação de serviços. Também na Arábia e Norte de África, trocavam os camelos ao invés de gado, pois eram bem mais preciosos nessa região. Mais tarde, começou-se a utilizar o sal, por ser inacessível a quem morasse no continente e por ser muito cobiçado devido a sua utilização na conservação de alimentos. Daí provem o nome latino “salário”, a que, actualmente, ligamos, gramaticalmente, à remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado.
Devido à possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se elegeu como principal padrão de valor, passando, em pequenos objectos, a circular como instrumento de troca. Posteriormente, o metal já se apresentava em formas padrão, normalmente pequenos círculos, com pureza e peso determinado, recebendo uma marca numa das suas faces onde indicava o seu valor e a pessoa que a emitiu. Surgiram assim, no séc. VII a.C., as primeiras moedas com as características actuais, sendo cunhado na Grécia, em prata, o Dracma, um dos seus melhores exemplos.
A segunda face da moeda, estando a primeira ocupada com o cunho, deveria reflectir a mentalidade do povo que a emitiu e da sua época, apontando os seus aspectos culturais, tecnológicos, políticos, religiosos e económicos.

A evolução da moeda

Posteriormente, em Alexandria, foi acrescentada a data às moedas, na Grécia, durante o reinado de Alexandre, o Grande, começaram-se a inserir a esfinge de uma personalidade importante no reverso da moeda e, por fim, na Europa, no séc. XVII, inseriu-se um “serrilhado” no rebordo da moeda.
Os primeiros metais a serem utilizados na cunhagem de moeda, foram o ouro, a prata e o cobre, descendo de valor conforme a ordem que apresentei. Estes metais foram escolhidos pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor económico, mas sobretudo por aspectos religiosos, pois os Babilónios relacionavam o ouro com o Sol e a prata com a Lua, juntando-se o cobre pelo seu valor inferior, útil para a cunhagem de moedas de valor mais baixo. Este sistema perdurou até ao início do séc. XX, aquando a descoberta do cuproníquel, que veio substituir essas três ligas, passando a moeda a valer o valor que está representado na sua face e não pelo verdadeiro valor do metal que a compõe. Contudo, não devemos esquecer que ainda são cunhadas moedas de outros metais, tanto tradicionais como inovadores.
Numa altura em que a Europa desenvolvia a moeda, do outro lado do mundo, na China, desenvolvia-se o papel-moeda, inventado pelos chineses possivelmente no ano de 89 d.C.. As matrizes para a impressão eram confeccionadas em tabuleiros de madeira ou de bambu, sobre as quais era aplicada uma pasta especial, feita de polpa vegetal amolecida e batida. A madeira recebia a tinta e os desenhos e textos gravados nesta eram passados para o papel.
Contudo, esta inovação só chegou à Europa aquando a viagem de Marco Polo, numa altura em que, desde a Idade Média, já começara a surgir o hábito de guardar o dinheiro com o ourives, pessoa que negociava ouro e prata, emitindo este uma cédula de garantia da posse desse valor à pessoa que o transportasse. Com o tempo, essas cédulas começaram a circular como forma de pagamento. Assim surge o papel-moeda. Posteriormente, o Governo do país assegurou-se da garantia de autenticidade dessas cédulas, passando a emiti-las. Também a emissão de papel-moeda evoluiu, passando a utilizar-se papéis especiais e técnicas de segurança para assegurar a não-falsificação.
Actualmente os países possuem um banco central responsável pela emissão de moedas e cédulas.
Com a supressão da conversibilidade das cédulas e moedas em metal precioso, o dinheiro cada vez mais se desmaterializa, assumindo formas abstractas. Foi nesta corrente, que surge o cheque. Esse documento, pelo qual se ordena o pagamento de certa quantia ao seu portador ou à pessoa nele citada, visa, primordialmente, à movimentação dos depósitos bancários.
O importante papel que esse meio de pagamento ocupa, hoje, na economia, deve-se às inúmeras vantagens que proporciona, agilizando a movimentação de grandes somas, impedindo o entesouramento do dinheiro em espécie e diminuindo a necessidade de troco, por ser um papel preenchido à mão, com a quantia de que se quer dispor.
O dinheiro, seja em que forma se apresente, não vale por si, mas pelas mercadorias e serviços que pode comprar. É uma espécie de título que dá a seu portador a faculdade de se considerar credor da sociedade e de usufruir, através do poder de compra, de todas as conquistas do homem moderno.

Moedas na actualidade

Actualmente, a moeda é um bem extremamente precioso, visto vivermos num mundo capitalista, onde tudo funciona em torno do dinheiro. O homem utiliza todos os meios à sua volta (recursos) para gerir uma série de condições que levem ao lucro, utilizando uma série de manobras (normalmente publicidade) para fazer valer a imagem daquilo que pretende negociar ou promover.
Uma moeda que se destaca na actualidade, é o Dólar Americano ($), que, pelo país que a emite (Estados Unidos da América), ganhou relevo internacional como referência global para o valor das mercadorias. Outra muito conceituada, é a Libra (₤) pelo seu elevado valor e pelo prestígio que adquiriu pela estabilidade do seu valor e pelo país que a emite (Reino Unido). Por fim, ainda gostaria de citar o Euro (€), que vem a ter importância pelas condições em que surge: trata-se de uma moeda única com o mesmo câmbio internacional adoptada por 12 países independentes e distintos, que assim esperam criar um ambiente económico melhor, que facilite os seus negócios.

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Moedas e outros

O título de menor moeda do mundo é disputado por duas moedas: uma é a “cabeça de alfinete, cunhada em Colpata (Índia) em 1800, com apenas 65 mg; e a moeda de 6 krissales de ouro, emitida em Java entre os séc. IX e XII, que, apesar de ter o tamanho não maior que um grão de arroz, tem inscrições nas duas faces.
A maior moeda do mundo pode ser avaliada por dois itens: o primeiro, é o peso, cujo o recorde cabe à moeda de 10 dólares suecos emitidos em 1659, pesando 19 kg em cobre puro; o segundo, é o valor intrínseco e nominal, cujo o recorde cabe à moeda de 200 muhur, cunhada pelo rei mongol Shah Goaham, que carregava mais de 2 kg de ouro puro.
Em algumas situações. Como é o caso de guerras ou casos de inflação exagerada, as populações vêm-se obrigadas a trocar a sua moeda, quase inexistente, por outros valores. Existe vários exemplos destes casos.
• Na Alemanha, durante a I Grande Guerra Mundial, passaram a emitir-se peças de porcelana como moeda, devido à falta de metais.
• Na França, no séc. XIII, substituíram-se as moedas por pequenas fichas metálicas onde eram registrados os créditos e débitos de cada pessoa.
• Na Itália, nos anos 70, a moeda foi substituída por caramelos, recebendo o nome de liras caramelo.
• Nos E.U.A., durante a Guerra Civil, selos acondicionados em pequenos discos de papelão, couro ou zinco e recobertos de plástico ou vidro, circularam como moeda.

A moeda não foi genialmente inventada, mas surgiu de uma necessidade humana, e sua evolução reflecte, a cada momento, a vontade do homem de adequar o seu instrumento monetário à realidade de sua economia.
publicado por António Luís Catarino às 00:22
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2005

DUAS FIGURAS DO SÉCULO XX FALECERAM HOJE

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Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra, em 1913 e será uma figura histórica incontornável como homem e como político. Lutador antifascista contra a ditadura de Salazar, preso várias vezes, foi protagonista de uma fuga espectacular da cadeia de Peniche em 1961. Secretário-Geral do PCP (Partido Comunista Português) durante 30 anos foi nesta condição que o 25 de Abril o encontrou e foi igualmente por isso que fez parte de vários governos provisórios. Morreu hoje, dia 13 de Junho.

Para saber mais (vai à caixa de comentários): http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/desenho/alvaro_cunhal/biografia.html


eugenio.jpg
Eugénio de Andrade é um dos poetas maiores de Portugal. Nascido a 1923 na Póvoa da Atalaia, Fundão, adopta contudo o Porto como sua cidade que várias vezes descreveu como melhor sabia fazer - em poesia. Pelas palavras. Vivia na Foz e faleceu hoje. Várias vezes premiado aqui e no mundo.

Para saber mais (vai à caixa de comentários):
http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/e_andrade/eug_and.html
publicado por António Luís Catarino às 12:54
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Quinta-feira, 9 de Junho de 2005

A ESTÓNIA, por Leonor Costa

estonia-flag.gifCaracterísticas
Nome Oficial: República da Estónia
Países de fronteira: Letónia e Rússia
Superfície: 44 7000 km2
População absoluta: 1 531 000 habitantes
Capital: Tallin (435 000 habitantes)
Língua oficial: Estoniano
Moeda: Coroa Estoniana
Nº médio de filhos por mulher: 1,30
Taxa de mortalidade infantil: 12%
Taxa de urbanização: 73%
Esperança de vida à nascença: homens-63,9 mulheres – 75,0
PNB per capita (dólares): 2 860
Taxa de desemprego: 10

Bandeira
A entre 1918 e 1940 quando o país era uma república independente. Ela foi readoptada em Junho de 1988. O azul simboliza o céu, o preto o solo estoniano e o branco a neve que cobra as terras durante o Inverno.

População
É uma das mais pequenas populações do mundo, mas mistura quase 100 diferentes etnias. Sucessivas leis da nacionalidade têm vindo a retirar direitos aos russos, que constituem quase 1 terço da população. As relações entre estes e os estonianos são bastante crispadas. A religião predominante é a luterana.

Ranking Mundial
Posição do PIB per capita: 67º
Índice do Desenvolvimento Humano: 41º
Esperança de Vida: 118º
Literacia: 1º
Mortalidade Infantil: 68º
publicado por António Luís Catarino às 22:57
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Quarta-feira, 8 de Junho de 2005

MEIOS DE COMUNICAÇÃO-II, por Bia Frutuoso

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Blá, blá, blá,...

Ninguém inventou um chip miraculoso que nos fizessem falar todas as línguas! O facto é que a comunicação verbal é um “dom” natural adquirido desde que nascemos.
Com o passar do tempo as nossas falas foram evoluindo. Na época pré-histórica os homens não falavam complexadamente como hoje em dia. A sua linguagem baseava-se nos sons consonânticos e vocálicos e em imitações dos sons da Natureza, como por exemplo, o assobiar do vento.
Actualmente, existem muitas e variadas línguas que facilitam a comunicação do dia-a-dia e que se encontram espalhadas por todo o mundo. A mais falada é a língua chinesa, o mandarim.
Também existem línguas mortas que são línguas faladas em tempos pelos povos mais antigos e que agora já ninguém as fala. Um exemplo é o Latim que, embora seja ensinado nas escolas, já não é utilizado por nenhum povo, logo é uma língua morta.
Na realidade, a vida seria muito mais fácil e simples se todos falássemos a mesma língua. Centenas de pessoas tentaram inventar uma língua comum a todos e a mais conhecida é o Esperanto, falado por mais de 100.000 pessoas.
Todos os dias as diferentes línguas modificam-se pois surgem novas invenções e factos, e por isso novas palavras. Desde que a exploração espacial se iniciou, surgiram novas palavras, como por exemplo as palavras «foguetão», «astronauta» e «alunagem».

A, b, c, d, e, f,...

Os historiadores pensam que a escrita tenha sido inventada para que as pessoas pudessem registar as despesas das mercadorias. Actualmente, é utilizada nas mensagens escritas dos telemóveis, nas cartas, nos livros e revistas, nos computadores, nos cartazes, etc.
O primeiro verdadeiro sistema de escrita foi inventado pelos Sumérios há mais de 5000 anos. Usavam pequenos desenhos que representavam objectos, sons e ideias, os pictogramas.
Os antigos egípcios escreviam nas plantas. Usavam caules de papiro que nascia junto ao rio Nilo. Cortavam esse caule em tiras finas e juntavam-nas umas às outras formando folhas de papel.
Os Vikings, por sua vez, usavam o alfabeto rúnico (alfabeto secreto), escrevendo runas, todas desenhadas com linhas direitas. A palavra «runa» quer dizer «segredo». Há 1000 anos, poucas pessoas sabiam ler e escrever. Algumas julgavam que quem entendesse as runas tinha poderes mágicos!
As máquinas de escrever deram que falar! Quando as máquinas de escrever estiveram pela primeira vez à venda, em 1874, alguns médicos recearam-na e até afirmaram que quem as usasse podia mesmo enlouquecer!
publicado por António Luís Catarino às 10:59
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VAMOS SALVAR OS MORCEGOS? Texto e ilustração de Sara Teixeira

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Morcego, uma espécie em vias de extinção

Os morcegos são animais representados em todos os continentes à excepção da Antárctica e de muitas ilhas oceânicas. São os únicos mamíferos com capacidade de voo activo por possuírem uma expansão cutânea (membrana alar) suportada pelos quatro dedos da mão e que abrange as patas posteriores e a coluna vertebral caudal. É esta membrana que lhes permite o voo.
Os ossos do antebraço, do metacarpo e dos dedos dos membros anteriores, são bastante longos relativamente ao tamanho do corpo.
Em cada um dos membros anteriores existe um polegar curto que se distingue dos restantes dedos por possuir uma garra.

Ecolocação: a maior parte dos morcegos emite sons de alta frequência através da boca que se reflectem nos objectos circundantes. Os ultra-sons regressam ao animal, em forma de eco e são recebidos pelo ouvido. Pela interpretação dos ecos, os morcegos reconhecem a presa facilitando a captura. Também os morcegos que se alimentam de fruta, pólen e sangue. Possuem um sistema de ecolocação simples porque têm meios de orientação como um fino olfacto.

Voo: os morcegos são os únicos mamíferos voadores. Durante o voo, movem o potágio de cima para baixo e vice-versa com um movimento rotativo. Estes movimentos são tão rápidos que se tornam invisíveis à visão humana. Já no solo deslocam-se com dificuldade e lentidão.

Natação: todos os morcegos são bons nadadores. Quando caem à água, dão uma espécie de salto sobre ela, produzido por movimentos bruscos da membrana alar.

Hibernação: uma outra adaptação dos morcegos consiste na sua entrada em letargia, nas épocas frias do ano. Com a descida de temperatura ou com a falta de alimento, os morcegos atingem baixas temperaturas corporais, logo, para economizar energias, hibernam.

Alimentação: todas as espécies de morcegos são insectívoras. Os morcegos maiores preferem presas maiores; os morcegos pescadores alimentam-se de peixes; e os vampiros, outra espécie de morcegos, alimentam-se de sangue de aves e mamíferos.

Abrigo: estes animais necessitam de repouso diurno, pois, praticam uma actividade nocturna. Os abrigos normalmente escolhidos por estas espécies são escolhidas de modo a lhes permitir um refúgio contra os predadores. Grande parte dos morcegos abrigam-se em grutas e minas. Estas são os melhores refúgios pois, são locais que lhes permitem uma ocultação perante possíveis predadores e também porque as condições das grutas facilitam o aparecimento de insectos, aranhas, etc.

Importância:
Estes animais são importantes, principalmente as insectívoras, pois permitem a manutenção dos ecossistemas. Ao eliminarem muitos insectos estão a contribuir para o controle das pragas agrícolas e florestais.

Porque estão ameaçadas?
O homem é o principal causador da extinção desta espécie pois, ao longo dos tempos tem vindo a cometer certos erros:
 Envenenamento de insectos dos quais os morcegos se alimentam;
 Redução do habitat disponível – esta é a causa mais importante que leva à extinção.
Estes problemas são agravados pela baixa taxa de reprodução dos morcegos. Também as perturbações, feitas pelo homem, durante a hibernação destes animais provoca um consumo mais rápido das energias reservadas por estes.

O que fazer?
Quando há conhecimento de animais ou que incomodam ou que se estão em perigo deve-se contactar:
 Associações de conservação da natureza ( FAPAS, Quercus, LPN)
 Parque biológico

Como ajudar?
Para ajudar pode-se comunicar a uma instituição ou, por exemplo, construir um abrigo.

Instruções:
Material- uma prancha com cerca de 150cm de largura, 110cm de comprimento e 2,5cm de espessura; pregos; arame; serra de madeira; martelo; lápis; régua.

1. Desenhar os cortes na prancha de modelo e serrá-la de acordo com o diagrama.
2. Na parte de trás do abrigo, serrar o entalhe, fazendo ainda pequenos cortes.
3. Unir as várias secções do abrigo com os pregos.
4. Encaixar a cobertura do abrigo no entalhe da secção traseira.
publicado por António Luís Catarino às 10:29
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SEGURANÇA RODOVIÁRIA-I, por Bruno Branco

O que fazer quando o pára-brisa parte
É comum na estrada uma pedra bater no pára-brisa e estilhaçar o vidro, deixando o motorista sem visibilidade. Se isso acontecer, conduza o veículo para a berma. Cubra o painel com um jornal (papelão ou toalha) e com um sapato e a mão protegida por uma flanela, vá batendo no pára-brisa até remover todos os fragmentos. Depois, com cuidado, retire o jornal e atire fora todos os estilhaços. Limpe os resíduos do painel e dos bancos para não se cortar. Então, feche todos os vidros e siga -devagar- até o posto mais próximo. Aí, dê uma boa aspiração no interior do veículo. Depois vá até a oficina ou estação de serviço mais próxima para fazer a troca do vidro.

Como verificar a calibragem dos pneus
Verifique a calibragem dos pneus semanalmente. Ela deve ser testada sempre com os pneus frios, de preferência pela manhã, no posto mais próximo de sua casa, assim que começar a rodar. A explicação é simples: quando o carro está em movimento o atrito da roda com o piso aquece os pneus. Isso aumenta o volume interno de ar e faz com que a pressão se eleve. Qualquer calibragem nessas condições, vai apontar uma medição alterada.

Profundidade dos sulcos dos pneus
Desenhados para escoar a água em contato com a banda de rodagem, os sulcos dos pneus devem manter uma profundidade mínima de 1,6mm. Abaixo dessa medida, passam a perder a aderência quando em contato com o chão molhado ou em condições de baixo atrito. Além disso, carros com pneus lisos estão sujeitos a multa na estrada. Alguns modelos de pneus vêm com indicador de desgaste, em geral uma marca gravada ou marca de tinta na borracha. Por isso, não se esqueça de fazer o rodízio de pneus a cada 10 mil km - para tornar o desgaste mais uniforme- e não hesite em trocá-los quando estiverem gastos.

Tirando o máximo proveito do motor
Dirigir carro popular exige uma conduta diferente da usada em outros modelos. Com 1.000 cc, esses carrinhos exigem o uso excessivo do acelerador e frequentes reduções de marchas para acompanhar os demais veículos. Para extrair o máximo rendimento de um popular na estrada, mantenha sempre rotações elevadas, esticando bem todas as marchas. Atualmente, a maioria dos populares equipados com injeção eletrônica traz um dispositivo que corta a ignição/alimentação quando a rotação atinge seu limite, evitando danos ao motor.

Como utilizar melhor os retrovisores
Retrovisores servem para auxiliar em manobras, nas mudanças de direcção e para ver os veículos que vão ultrapassá-lo. Apesar de ter a mesma função, eles apresentam algumas diferenças entre si: os laterais, por exemplo, exibem os veículos em uma proporcão menor que a do central. Esta distorção da imagem pode confundir o motorista na hora de avaliar a distância real em relação ao carro que vem atrás. Além disso, os espelhos laterais têm uma zona morta (campo visual neutro), que esconde o veículo de trás quando este se aproxima muito de seu carro, durante a ultrapassagem. Cuidado para não ser surpreendido pelo outro veículo que passa ao seu lado quando decidir mudar de faixa.
publicado por António Luís Catarino às 10:25
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