Grafitti é uma palavra italiana relativa a grafia ou escrita. A utilização deste termo generalizou-se no plural, ao longo do século XIX associado à descoberta de inscrições gráficas anónimas nas paredes de alguns monumentos antigos.
Nos grafitti foi possível encontrar testemunhos importantes sobre a vida quotidiana dos povos antigos. No entanto, até ao presente, enquanto manifestação social e estética, os grafittti não foram alvo de estudos gerais, estando a sua história antropológica por fazer.
Em termos genéricos o que distingue o grafitti de outras formas de expressão plástica e gráfica, não é os meios nem os matérias utilizados, mas sim, o significado social que lhe é reservado: forma de expressão não profissional, se não mesmo ilegal e por isso marginal e privada.
Mas esta ilegalidade dos grafitti aos poucos e poucos vai ficando em segundo plano dando lugar a uma verdadeira nova forma de expressão artística onde miúdos com os seus elementos futuristas ditam novos estilos com o bico do spray.
A década de 70 conhecida por todos os seus excessos e novidades, fez nascer uma nova arte, o grafitti e todo o que a ele está associado: o hip hop, o breakdance e o deejaying.
Mesmo quando o grafitti ganha outras variantes e inovações a sua essência continua a ser uma referência onde se instituíram os princípios básicos.
O grafitti é uma arte. Uma arte moderna que exige partilha, fusão e estreitamente de laços de camaradagem e amizade.
Muitos não vêm esta arte com bons olhos, outros não vivem um dia sem deixar a sua marca nas paredes e muros das cidades.
Atentos aos traços, à distância entre a parede e as mãos que seguram os sprays, jogos de cores, contornos e degradés
É como se as letras dançassem no espaço imersas por uma imensa topografia de cores, formas, que surgem a partir de inúmeras técnicas e truques que se usam para surpreender os outros.